segunda-feira, agosto 25, 2008

Saudade emergente

Ainda há pouco partiste
no ar ficou o teu perfume
Nem para trás pestanejaste
muitos menos um queixume

Sinto saudade da esperança,
a expectativa que mais desejava
O espírito solitário alcança
e a crua realidade estilhaçava

O infinito é meu amigo
recordo o teu sorrir
suave ponto de abrigo

Ao mar revelo um segredo
sei que vou emergir
subindo ao topo do rochedo

8 comentários:

Menina Ochoa disse...

Mais um soneto com grande qualidade...
Apesar da palavra saudade ser única e bonita deixa um sentimento tão triste na nossa alma...

João Caniço disse...

Dreama, não poderia estar mais de acordo contigo sobre essa definição de saudade...
Obrigado :)
Beijos

Dilemas&Chocolate disse...

Adorei o teu poema! =)

João Caniço disse...

Muito obrigado 'Dilemas & Chocolate'! =)

Anónimo disse...

Grande soneto, JP! De volta à velha forma.
Saudade é uma coisa estranha. Ao mesmo tempo que é boa de se sentir porque mostra um bem-querer, ela é triste, pois você não pode estar perto de quem você gosta.
Vivo com esse sentimento constante.

Abraços

João Caniço disse...

Obrigado Cyntia! Fico muito contente que tenhas gostado :)
É verdade, a saudade é um sentimento deveras contraditório...
Abraços

PaTi disse...

Querido JP... já à algum tempo q não dava uma passada por aqui... mas pelos vistos continuas com uma grande inspiração...

Gostei muito deste... pena ser sobre a Saudade... o raio da Saudade que atormenta toda a gemte :'( seja em q aspecto for....

Beijinhoooo grande cheio de saudade

João Caniço disse...

Pati, és sempre muito bem vinda por aqui, aparece sempre que quiseres :)
Muito obrigado, fico bastante satisfeito que tenhas gostado!
É verdade, a saudade é um 'pau de dois bicos' e muitas das vezes a tristeza vence...
Beijinho grande também para ti, com muitas saudades pois claro...