domingo, março 29, 2009

Nulidade concretizadora


É certo que as estatísticas no Futebol valem o que valem, mas se analisarmos os números negros de Portugal nos últimos 3 jogos de qualificação facilmente se concluí o porquê de estarmos muito longe da África do Sul:

270 minutos, 57 remates e 0 golos!

Sintomático do problema de fundo do futebol português, a finalização. Durante os últimos 10-15 anos esta lacuna foi disfarçada com a versatilidade dos Pintos, João e Sá, a eficácia de Pauleta e a continuidade de Figo e Nuno Gomes. Actualmente temos Hugo Almeida que é literalmente um tosco (ontem nem um passe acertou...), Nuno Gomes nem sequer é convocado, a estrelinha de Ronaldo tem ficado por Manchester e assim não há golos para ninguém!

Não percebi porque razão Pepe alinhou a trinco, o rudimentar Meireles tira o lugar a Maniche e Moutinho, Bosingwa sai ao intervalo lesionado entrando mais um central, ficando 4(!) centrais em campo e Tiago, um dos mais esclarecidos, ter sido substituído na fase decisiva do encontro, ficando o apagado Simão e o desastrado Meireles no relvado. São demasiadas invenções e equívocos que naturalmente não originam bons resultados. Assim não mister Queiroz!

As contas de Portugal são muito simples, vencer os restantes 5 jogos! Somando 15 pontos aos míseros 6 já amealhados talvez seja possível terminar em segundo lugar do grupo e disputar o play-off, mas para isso Dinamarca, Suécia e Hungria terão que escorregar várias vezes.
Neste preciso momento acho muito complicado assistir a estes dois cenários em conjunto, especialmente o percurso 100% vitorioso de Portugal a partir de agora. Se assim suceder só me resta torcer por Argentina e Itália no Mundial sul-africano...


sexta-feira, março 27, 2009

Ah Ganda Lula!


Politicamente incorrecto é certo, mas as verdades são para ser ditas, ainda para mais frontalmente, sem enviar recado por terceiros!

"Resolver o problema da crise, é resolver o problema da emigração, porque não temos o direito de permitir que sejam os pobres que viajam pelo mundo à procura de uma oportunidade, de um salário, de uma renda, que sejam os primeiros a pagar as contas de uma crise feita pelos ricos.
É uma crise fomentada por comportamentos irracionais, de gente branca de olhos azuis, que antes da crise pareciam que sabiam tudo e que agora demonstram não saber nada."
Lula da Silva, presidente do Brasil

terça-feira, março 24, 2009

Coincidência ou talvez não?


A década de 30 ficou marcada pela afirmação do Futebol a nível planetário com a realização do primeiro Campeonato do Mundo em 1930 no Uruguai, que se viria a revelar um enorme sucesso.
Impulsionado por este evento e também com a crescente afirmação dos vários campeonatos nacionais, começaram a ser reconhecidos a nível internacional os primeiros grandes nomes da modalidade, entre os quais três guarda-redes, que se tornariam autênticas lendas no futebol dos seus países. Eram eles o italiano Giampiero Combi, o espanhol Ricardo Zamora e o checo Frantisek Plánicka, três dos melhores guardiões de todos os tempos!

O segundo Campeonato do Mundo de Futebol disputou-se em 1934 na Itália e ficou conhecido como o Mundial da propaganda fascista de Mussolini. Entre os 16 países finalistas encontravam-se as selecções dos referidos guardiões, todas elas com legítimas aspirações de chegar ao triunfo final na competição.

Quis o destino que Itália e Espanha se enfrentassem nos 1/4 de final em Florença numa tarde de calor tórrido, capitaneadas por Combi e Zamora como reporta a foto de cima. O encontro foi épico, uma autêntica batalha que terminaria empatada a uma bola no final do tempo regulamentar obrigando à disputa de um prolongamento de meia hora. No final dos 120 minutos manteve-se a igualdade, apesar do avassalador domínio azzurro não materializado em golos devido a várias defesas miraculosas de Zamora, o herói do jogo.
No final da partida os jogadores de ambas as equipas encontravam-se extenuados (na altura não eram permitidas substituições), o desafio foi demasiado intenso chegando mesmo a roçar a violência como rezam algumas crónicas da época. Como também ainda não existia o desempate através de grandes penalidades, Itália e Espanha tiveram que jogar no dia seguinte a partida de desempate sem 12 jogadores que não recuperaram do esforço da véspera, 5 italianos e 7 espanhóis entre os quais Zamora, a contas com fortes e dolorosas mazelas.
O encontro foi novamente bastante durinho, mas desta vez um golo madrugador de Meazza daria o triunfo aos azzurri, apesar de os espanhóis se queixarem de dois golos limpos anulados, suspeitava-se da influência do Duce, afinal a Itália tinha que vencer a qualquer preço!

Na partida da meia final os azzurri levaram de vencida a wunderteam austríaca, também por 1-0, com Combi a ser o herói ao efectuar duas defesas fantásticas perto do fim!

Na final, a Itália teria que derrotar a forte selecção da Checoslováquia, capitaneada por Plánicka.
Rezam as crónicas da altura que minutos antes de italianos e checos entrarem em campo para disputar a partida foi entregue no balneário italiano um bilhete assinado por Mussolini onde se podia ler: "Vitória ou Morte"! Não se sabe porém se, a ser verdade esta história, a intimidação funcionou como um impulso para a squadra azzurra, o certo é que entraram a todo o gás no encontro tentando chegar o quanto antes ao golo, deparando-se contudo com um autêntico muro de betão chamado Plánicka, que esteve simplesmente soberbo nessa tarde em Roma.
Aos 70 minutos o estádio ficou em completo e gélido silêncio com o golo do checo Puc, um extraordinário remate à meia volta sem hipóteses para Combi. O temor da derrota tomou conta dos italianos que desesperavam com o avançar do relógio e a desvantagem no marcador. Quando já poucos acreditavam, a 5 minutos do final, Orsi restabeleceu a igualdade levando a final para tempo extra. Aí, os italianos apresentaram-se melhor fisicamente acabando Schiavio por apontar o golo que daria o primeiro título mundial a Itália. Coube a Combi receber o troféu Jules Rimet das mãos de Mussolini, encerrando assim uma brilhante carreira aos 32 anos de idade.

Quatro anos depois, em França, apenas Plánicka dos três lendários guardiões se mantinha no activo, representando novamente a Checoslováquia na maior competição mundial de selecções.
Na partida dos 1/4 de final os checos defrontaram o Brasil num encontro violentíssimo, onde foram expulsos 1 checo e 2 brasileiros, para além da perna partida de Nejedly, autor do golo checo.
No decorrer do segundo tempo e com o resultado empatado, 1-1, Plánicka ao efectuar uma defesa chocou com o poste fracturando um braço e deslocando a clavícula! Mesmo limitado pela grave lesão, Plánicka continuou em campo no resto do tempo regulamentar mais os trinta minutos de prolongamento, onde a partida terminou empatada. Relatos da época dão conta que o guarda-redes checo susteve vários remates apenas com uma mão, tornando-se o herói daquela partida que ficaria conhecida na história como a Batalha de Bordéus!
Na partida de desempate, o capitão checo teve que torcer por fora, sendo os seus companheiros derrotados 2-1 pelo Brasil, terminando assim de forma abrupta a carreira internacional de Plánicka.

"Dispo-me com lentidão, entre o clamor triunfal. O cordão das botas (apertado de mais) faz um nó e resiste a desprender-se. Sinto no rosto o roçar da camisola como uma carícia de despedida. Encontram-se ali, no banco e no chão, as peças de vestuário que mais vezes e melhor usei. Com elas recortou-se a minha silhueta em todas as balizas e todas as latitudes. Deram-me personalidade, fizeram-me no que sou. A seguir, viria uma noite de insónia. Que fazer? Abandonar o futebol, agora? Endoideceste! Mais um ano, só mais um ano. Se fui capaz de fazer isto agora, porque não o farei dentro de um ano?"
Estas são palavras de Ricardo Zamora, escritas nas suas memórias futebolísticas. Foram emoções sentidas em 1936, no balneário do Mestalla, em Valência, depois de disputar e vencer, pelo Real Madrid, a final da Taça de Espanha, frente ao Barcelona. Foi um jogo memorável, eternizado por uma monumental defesa sua, no último minuto, quando desviou, em voo, um remate de Escolá, garantindo o triunfo por 2-1. Vinte anos de futebol concentraram-se aí, nesse momento!

O Homem de Borracha
Giampiero Combi representou a Juventus durante 13 épocas, alinhando em 367 partidas, tendo vencido 5 scudetti. Pela selecção italiana disputou 47 encontros sagrando-se campeão do mundo em 1934. Ficou conhecido como l'Uomo di Gomma (o Homem de Borracha) devido à sua extrema agilidade.

O Divino
Ricardo Zamora alinhou no Espanhol, Barcelona, Real Madrid e Nice. Venceu duas Ligas espanholas ao serviço do Real Madrid e 5 Taças de Espanha (duas pelos merengues, duas pelo Barça e uma pelo Espanhol). Representou a Espanha em 46 ocasiões sagrando-se vice-campeão olímpico em Antuérpia (1920). Foi baptizado como El Divino (o Divino) pelos adeptos blaugrana. Desde 1959 que o jornal a Marca entrega um prémio, denominado de Troféu Zamora, ao guarda-redes menos batido do campeonato espanhol.

O Gato de Praga
Frantisek Pnánicka representou o Slavia Praga durante 16 temporadas, onde alinhou em 969 partidas, vencendo 8 campeonatos checoslovacos e uma Taça Mitropa (uma das competições percursoras da Taça dos Campeões Europeus). Alinhou em 73 ocasiões pela selecção checa tendo sido vice-campeão mundial em 1934. Ficou conhecido como Kocka z Praha (o Gato de Praga) devido às suas extraordinárias acrobacias.

Passados mais de 70 anos e várias gerações de excelentes guarda-redes, voltam a ser três guardiões das mesmas nacionalidades os melhores do momento e dos últimos anos! São eles o italiano Gianluigi Buffon, o espanhol Iker Casillas e o checo Petr Cech! Será mera coincidência e/ou a escola de guarda-redes destes países é realmente propensa a fabricar alguns dos ícones das balizas?

sexta-feira, março 20, 2009

O contra-ataque


Pelos vistos a enorme Manifestação da CGTP na passada semana fez muita mossa entre Sócrates e o seu Governo, sendo hoje servido um hediondo contra-ataque, totalmente desrespeitador de um dos mais elementares direitos democráticos celebrados na Constituição, através de um anúncio publicitário à emissora pública (Antena 1) difundido na televisão pública (RTP) onde é passada a ideia que o direito de Manifestação é contra quem quer chegar a horas!

Curiosamente, a jornalista que dá voz à peça (Eduarda Maio) foi a autora do livro "Sócrates, o Menino de Ouro do PS"...
Este anúncio é sintomático da promiscuidade e subserviência entre as estações públicas e o Governo, bem demonstrativo da mensagem que se quer fazer passar aos portugueses em tempo de crise e ano de eleições..

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É simplesmente hilariante o facto de o PS, PSD e CDS estarem no Governo há 34 anos (depois de 48 anos de ditadura de direita), mas a culpa de sermos o país mais desigual, corrupto e refugo da Europa é sempre dos comunistas e dos sindicatos! Que país de atrasados mentais!

LET ME IN THE SOUND!


Simplesmente brutal a actuação dos U2 nos Brit Awards 2009!
Apetece-me gritar a plenos pulmões: LET ME IN THE SOUND!


Get On Your Boots
U2

domingo, março 15, 2009

Como é bom ganhar a Espanha!


Portugal venceu a Espanha por 24-19 em partida referente à Taça Europeia das Nações de Rugby, também conhecido por Seis Nações B, torneio que serve também de qualificação para o Mundial'2011 a disputar na Nova Zelândia.

Perante uma óptima moldura humana presente no Estádio Universitário em Lisboa, Portugal voltou a provar a sua superioridade em relação à selecção do país vizinho, tendo dominado praticamente todo o encontro, mantendo sempre a liderança no marcador, embora os espanhóis se tenham aproximado perigosamente perto do final, graças ao único ensaio convertido em todo o encontro, consequência de uma desconcentração grave do XV português... No entanto, os Lobos reagiram da melhor forma acabando por marcar ainda um pontapé de penalidade já em descontos, fixando o marcador nos 24-19, resultado escasso para tamanho domínio, suficiente para ultrapassarmos Espanha no ranking da IRB, Portugal é agora a 21ª selecção mundial.

Com este importante e moralizante triunfo, Portugal ultrapassa a Roménia e sobe ao 3º lugar em igualdade pontual com a Rússia, que porém tem menos uma partida disputada.
Depois de um mau início de torneio com uma derrota caseira perante os emergentes russos, Portugal empatou na Geórgia (líder da poule) e venceu tranquilamente a Alemanha.
Posto isto, os Lobos provaram que podem perfeitamente lutar pelos dois primeiros lugares que dão a qualificação directa para a Nova Zelândia. A 3ª posição dá direito à disputa de um play-off de apuramento com uma selecção de outro continente.
A partida seguinte dos Lobos realiza-se no próximo sábado em Bucareste diante da Roménia, encontro fulcral para a manutenção das aspirações lusas de voltar a marcar presença na grande competição do desporto oval!

sábado, março 14, 2009

Os colossos também são goleados!


Brilhante triunfo do Liverpool em Old Trafford por quatro bolas a uma! O todo poderoso campeão inglês, europeu e mundial Man Utd foi autenticamente cilindrado pela fantástica capacidade táctica dos reds e extrema desenvoltura e eficácia com que desferiram os golpes fatais no rival.

O jogo era de importância absolutamente vital para o Liverpool, já que partia com 7 pontos de atraso para o Man Utd, que ainda tem uma partida em atraso e vinha de 11 vitórias consecutivas na prova!
Benítez abdicou de Xabi Alonso, lançando o rudimentar Lucas no meio campo ao lado de Mascherano. Gerrard foi o pivot ofensivo actuando atrás do homem mais avançado, Fernando Torres, formando aquela que é na minha opinião a melhor dupla ofensiva da actualidade. Ferguson preferiu Tevez a Berbatov, colocando Park e Ronaldo nas faixas com Anderson e Carrick no centro do terreno.

O Man Utd entrou melhor e adiantou-se no marcador sensivelmente a meio da primeira metade graças a uma penalidade convertida em potência por Cristiano Ronaldo a punir derrube de Reina a Park. O Liverpool não sentiu o toque e pouco depois Fernando Torres, em tarde inspiradíssima, aproveita um duplo erro de Vidic, isola-se e bate com grande categoria Van der Sar! Animados com o empate, os jogadores dos reds continuaram a subir de nível com uma excelente circulação de bola e perto do intervalo Gerrard é derrubado dentro da grande área por Evra. Penalty claríssimo que o capitão dos reds converteu com mestria (foto ao lado) colocando a formação de Merseyside em vantagem ao intervalo!

No recomeço o Man Utd surgiu em grande rotação, com um futebol extremamente rápido e dinâmico ao qual o Liverpool se conseguiu opor graças a uma capacidade defensiva irrepreensível!
Com o avançar do relógio o futebol dos red devils começa a perder fluidez e consistência. É então que a cerca de 20 minutos do final Ferguson lança de uma assentada Berbatov, Scholes e Giggs. As alterações não surtem efeito porque apenas 2 minutos depois Vidic, em tarde negra, dá uma fífia monumental perdendo a bola para Gerrard em zona proibida, este aproveita a deixa, isola-se e é atropelado pelo central sérvio! Cartão vermelho! Excelente o árbitro Alan Wiley, não apenas neste lance, como também no ajuizar das duas grandes penalidades.
Na sequência, livre sobre a meia direita bem ao jeito do pé esquerdo de Fábio Aurélio, que com uma execução portentosa bateu sem apelo nem agravo o estático Van der Sar (foto em baixo)! O jogo estava decidido, mas não terminaria sem o ampliar da vantagem por parte de Dossena e já bem perto do fim foi Gerrard a desperdiçar de forma clamorosa aquele que seria o 5º golo e uma verdadeira humilhação para o Man Utd!

Desde Janeiro de 1992 que o Man Utd não sofria tantos golos em casa numa partida a contar para a Premiership! Na altura, o Queens Park Rangers venceu no Teatro dos Sonhos também por 4-1!
Apesar do estrondoso triunfo, a vantagem está toda ainda do lado do United, quatro pontos à maior e um jogo em atraso com o Portsmouth. O campeonato poderia ter ficado hoje praticamente decidido, mas a enorme tenacidade da equipa de Benítez faz continuar bem viva o interesse pelo triunfo na competição, prolongando uma semana verdadeiramente perfeita após a goleada imposta ao Real Madrid na Champions!

sexta-feira, março 13, 2009

Mudar de Rumo!


200 mil trabalhadores na maior manifestação sindical de sempre em Portugal!
Avenida da Liberdade, Lisboa

"A crise não é resultado de um vírus que nos contaminou. Os bloqueios a que se chama crise são a expressão dos resultados das práticas patronais e das políticas seguidas ao longo dos últimos anos."

"Para a esmagadora maioria dos patrões a invocação da crise vale para tudo e aponto como exemplos a manipulação dos horários de trabalho e o trabalho a recibos verdes."

"Os quatro anos de governação do primeiro-ministro, José Sócrates, resultaram no aumento do desemprego, da precariedade, do compadrio e da corrupção, e a redução dos salários."

"Há quatro palavras chave que caracterizam a concentração desta tarde: Solidariedade, indignação, esperança e confiança!"

"Vamos realizar um grande 1º de Maio, com sentido ofensivo, colocando na ordem do dia os trabalhadores. Queremos dizer que a mudança é possível, é urgente e necessária. O País precisa de uma mudança de rumo, mais emprego, salários e direitos!"

Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP-IN

quarta-feira, março 11, 2009

Vergonhoso!


12-1!
A pior eliminatória da história europeia do futebol português!
Sintomático da figura patética que o Sporting fez nos 1/8 de final da Champions perante o Bayern Munique! Um verdadeiro desastre colectivo que se pode explicar por vários motivos:

Alguém percebeu porque razão Paulo Bento deixou Daniel Carriço e Vukcevic de fora no encontro da 1ª mão em Lisboa?
O jovem defesa central tem-se afirmado nos últimos tempos como uma excelente aposta, vinha a jogar continuamente, rubricando óptimas exibições tendo sido preterido em favor do experiente, mas pouco rotinado Tonel, que nunca conseguiu perceber como marcar Luca Toni...
O montenegrino é simplesmente o jogador mais influente na manobra ofensiva dos leões, versátil, aguerrido e dono de um óptimo pé esquerdo. Inexplicavelmente surgiu o apático Romagnoli no seu lugar, uma autêntica nulidade, não apenas nesse encontro, mas sim desde o momento em que deixou de ser jogador emprestado ao Sporting para passar a ser jogador pertencente aos quadros do Sporting...

Anderson Polga, central campeão do mundo em 2002, fez provavelmente as duas piores exibições da sua carreira nesta eliminatória! O brasileiro tem sido a referência e o pilar do sistema defensivo do Sporting nas últimas temporadas, mas esteve simplesmente desastroso ao cometer erros crassos, daqueles que nem muitos amadores cometem...
Rui Patrício também esteve em noite horrível com culpas em vários golos! Onde esteve o promissor guardião que tem vindo a ser seguido pelo Milan?

Como é que um jogador é titular em Munique no dia seguinte a ter falado à comunicação social, ainda no aeroporto de Lisboa, atacando vergonhosamente o seu clube, a entidade patronal que lhe paga a tempo e horas o salário, que apostou nele ainda em criança após ter sido dispensado do Benfica, que o fez crescer como atleta e homem naquela que é provavelmente a melhor escola de futebolistas da Europa?
Miguel Veloso está a ser muito mal aconselhado, provavelmente pelo empresário e/ou pelo pai, estas atitudes não o levarão longe certamente! Talvez o levem a um clube com a envergadura de um Bolton, um verdadeiro colosso do futebol europeu...
Já se esqueceu certamente que assinou um contrato com o Sporting de livre e espontânea vontade, com um certo tempo de duração e uma determinada cláusula de rescisão, tendo o clube leonino legitimidade total em aceitar ou declinar qualquer proposta para a cedência do seu passe!

Finalmente, o medo! O treinador do Sporting admitiu que os jogadores leoninos tiveram medo de jogar no Allianz Arena de Munique! Como é possível atletas profissionais, pagos a um nível substancialmente muito mais elevado que o comum trabalhador português terem medo em desempenhar a sua profissão, supostamente aquilo que mais gostam de fazer?
Se a pesada derrota da primeira mão em Alvalade ainda poderia ser encarada como uma má noite, o desafio de Munique foi a confirmação que o Sporting não tem estofo, classe e qualidade, nomeadamente em termos psicológicos para estas andanças!
Tirando os inconformados Vukcevic e Izmailov assim como o brilhante golo de João Moutinho, foi tudo mau demais para ser verdade na noite de ontem!

sábado, março 07, 2009

Crise e privatizações, uma relação ambígua...




Lucro recorde da EDP em 2008: 1092 milhões de euros! Subida de 20% em relação ao valor do ano passado!

Galp ganhou 105 milhões de euros no final de 2008 devido ao lento acerto no preço dos combustíveis apesar da descida vertiginosa dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Em 2008 o lucro da Galp cifrou-se nos 478 milhões de euros!

Apetece perguntar quem foram os idiotas que privatizaram estas empresas que geram tanto lucro?!?!? Presumo que tenham sido os cerca de 60 a 70% de portugueses que nos últimos 34 anos votaram sistematicamente nos dois partidos do Bloco Central e lhes dão toda a legitimidade de alienar o que é público e de todos em favor de um grupo restrito de amigalhaços que enchem os bolsos às custas dessa esperteza saloia nas urnas...
Apesar de tudo há que ver o lado positivo, imaginem o que não seria se Pedro Passos Coelho tem ganho as directas do PSD e por um milagre qualquer chegasse a primeiro-ministro? Entre as mais brilhantes propostas do indivíduo estavam a privatização do Sistema Nacional de Saúde e da Segurança Social! Ideias simplesmente fantásticas...

sexta-feira, março 06, 2009

O 'terramoto' Mourinho

Como nota introdutória tenho que realçar o respeito e admiração que tenho por Mourinho como excelente profissional e pelas inúmeras conquistas enquanto treinador. Como português sinto imenso orgulho por ver um compatriota atingir o sucesso a uma escala verdadeiramente planetária!
Como consequência da Lei Bosman e do desnível cada vez maior existente entre países/clubes ricos dos pobres, recordo-me pensar ser praticamente impossível voltar a ver uma equipa portuguesa conquistar uma competição europeia. Estava redondamente enganado pois Mourinho conseguiu o enorme feito de conquistar a Taça UEFA em 2003 e a Champions em 2004 com o FC Porto, algo simplesmente extraordinário para o futebol português!
Se em termos internacionais essas conquistas foram amplamente merecidas e sem quaisquer espécie de ressalvas, em termos nacionais os títulos conseguidos por Mourinho ficaram ensombrados pelo tristemente célebre Apito Dourado, no qual dirigentes do FC Porto corromperam árbitros. Até hoje nunca foi esclarecido se Mourinho sabia ou não da situação, imagino que a desconhecesse por completo, mas apesar disso nunca comentou esse incómodo assunto...

Em Maio de 93 vibrei intensamente com a conquista da Taça UEFA por parte da Juventus, uma equipa de sonho onde pontificavam nomes como Roby e Dino Baggio, Vialli, Ravanelli, Conte, Ferrara e Peruzzi. Desde essa data tornei-me adepto indefectível da vecchia signora, entusiasmei-me com a maravilhosa equipa de Lippi e as suas inesquecíveis conquistas, enfureci-me com as finais da Champions perdidas perante Dortmund e Real Madrid, agonizei com o vazio de títulos durante a gestão de Ancelotti, vibrei com o regresso de Lippi e a conquista de novos títulos, chorei ao ver as lágrimas de Nedved após a semi-final com o Real Madrid, praguejei contra Capello por deixar insistentemente Del Piero no banco, envergonhei-me com o Calciocaos, recomecei da estaca zero com a queda na Série B e confio num futuro vitorioso muito em breve.
Tudo isto vivido com muita emoção, gratuita, como é normal num comum adepto. Como tal sinto-me no pleno direito de rebater por completo as injustas acusações que o profissional Mourinho, assalariado do Inter por 9 milhões de euros anuais, dirigiu à Juventus.

Muito sinceramente penso que já vi este filme de Mourinho, tal e qual como aconteceu aquando da sua passagem pelo FC Porto. Com as ajudas da arbitragem a tornarem-se cada vez mais óbvias e flagrantes o tom cerrado das críticas aumentou e Mourinho sentiu a necessidade de disparar em todas as direcções com o objectivo perfeitamente compreensível de aglutinar jogadores e dirigentes na luta contra os inimigos do clube que representa, exactamente como fez esta semana!
Não acredito que Moratti esteja a corromper árbitros como Pinto da Costa fez, acredito sim que os árbitros tenham uma tendência natural para beneficiar a equipa mais poderosa do campeonato, aquela que tem exercido um domínio inequívoco nos últimos anos, uma espécie de estigma ou élan que protege os mais fortes. Foi assim com a Juventus e o FC Porto na década de 90. Sigo atentamente a Premiership e noto um certo proteccionismo ao Man Utd, não é muito evidente à primeira vista, mas ouso afirmar que ele existe. Apesar de ser errado acaba por ser normal um certo benefício aos chamados grandes e como tal só ficava bem a Mourinho reconhecer esse facto, mas nunca até hoje o ouvi dizer que a sua equipa tinha sido beneficiada, apenas o tal lance de Siena que é tão flagrante que só lhe ficava ainda mais mal não o reconhecer...

Os principais jornais desportivos italianos não tardaram em fazer comparações entre erros a favor e contra de Inter e Juve e até elaboraram classificações virtuais. Como a Gazzetta dello Sport e o Tuttosport são fortemente conotados com os emblemas em questão achei por bem ter apenas em consideração a análise do romano Corriere dello Sport. Quem estiver interessado está aqui o link.
Segundo o referido diário os nerazzurri teriam 15 decisões a favor e 8 contra enquanto os bianconeri 10 favoráveis e 6 desfavoráveis. Debrucei-me então sobre a análise pormenorizada dos lances e constatei que alguns deles nem deveriam contar visto que na altura em que ocorreram já os respectivos desafios estavam mais que decididos. Depois ri-me com a descrição do lance do golo de Ronaldinho contra o Inter na primeira volta, que deveria ter sido anulado porque Kaká estava com o pé direito fora de jogo...
Lá me concentrei, tentei ser o mais imparcial possível e conclui que a Juve não se pode queixar nem sentir bafejada pelas arbitragens. É certo que há erros graves a favor tais como o penalty não assinalado a favor do Catania ou o cometido por Mellberg sobre Jovetic e o golo anulado a Gilardino, ambos com influência directa no resultado, mas também existem penalties não assinalados contra Lecce, Cagliari ou Palermo igualmente decisivos no marcador final.
Quanto ao Inter tem realmente um saldo de decisões favoráveis e decisivas bem superior às contrárias. Começando pelos penalties de Zanetti em Génova e de Burdisso em Florença, passando pelo off-side de Maicon em Siena, o golo com a mão de Adriano e o penalty fantasma de Balotelli vão muitos eventuais pontos a favor que um penalty de Abate (Torino) e o pé direito de Kaká não compensam de maneira nenhuma!
Ainda esta semana nos jogos a contar para a Taça de Itália se viu a diferença de tratamento: Iaquinta viu-lhe ser um golo anulado por estar no máximo dos máximos com o braço esquerdo fora de jogo enquanto Cordoba e Zanetti continuaram em campo depois de efectuarem entradas duríssimas. A mesma sorte já não teve Gastaldello da Samp...

Espero vivamente que este caso Mourinho e a polémica sobre as arbitragens sejam encerrados o quanto antes e que os protagonistas do Calcio voltem a pensar naquilo que é realmente importante e bonito: o futebol jogado dentro das quatro linhas!

terça-feira, março 03, 2009

Riade, 20 anos depois


3 de Março de 1989, Riade (Arábia Saudita), data e local marcantes na história do futebol português com a conquista do primeiro título mundial de júniores!
O feito teve tanto de inesperado como de positivo já que serviu como base de apoio para o crescimento efectivo e sustentado das selecções nacionais, desde os escalões de base até à equipa principal.
Nessa altura, a selecção nacional era encarada com sobranceria e desconforto por parte da maioria da crítica e dos adeptos em geral após a desastrosa participação no Mundial do México'86, onde os jogadores se preocuparam mais com os prémios de jogo do que em jogar futebol e os dirigentes fizeram tudo menos dirigir, acabando todos estes factores por originarem o tristemente célebre caso Saltillo.
A surpreendente conquista do primeiro título mundial do futebol português serviu como uma verdadeira lufada de ar fresco nas mentalidades conservadoras que dirigiam o futebol assistindo-se a partir daí a uma efectiva e sustentada aposta na formação do jovem jogador nacional, algo que até essa data era visto como mais uma despesa no orçamento da selecção ou do clube...

Carlos Queiroz foi o treinador obreiro desta conquista, tendo assumido o cargo de seleccionador nacional júnior no Verão de 87, altura em que começou a preparar com afinco a trajectória até Riade. No primeiro treino as suas palavras para os jogadores foram: "Quero que saibam que o motivo porque estão aqui é só um: queremos ser campeões do Mundo em Riade!"
Os jovens jogadores, alguns com 16 e 17 anos, tiveram reacções diversas, uns riram-se, outros olharam para baixo e a maioria ficou incrédula. Talvez tivessem razão, pois Portugal não estava habituado a este tipo de feitos. Queiroz não se deteve e no ano seguinte no Europeu'88 alcançou o segundo lugar perdendo apenas no prolongamento diante da poderosa URSS.
Apesar do feito, poucos levavam a sério as ambições de Queiroz, que passavam inicialmente pela revolução de mentalidades. "Há 20/25 anos, quando atravessávamos a fronteira, era tudo melhor: hotéis, estradas, aviões, até as miúdas eram mais giras. Por isso costumo dizer que, quando começava o jogo, já perdíamos por 0-3."
A preparação prosseguiu com Portugal a defrontar adversários tradicionalmente fortes como França, RFA, Inglaterra, Espanha, Itália e a selecção olímpica do Brasil. Queiroz inovava nos métodos e conceitos de trabalho, e em Fevereiro de 89 Portugal chegava à Arábia Saudita apenas com o estatuto de mais um entre os 16 participantes.

Tudo começou com um golo de cabeça de Paulo Alves frente aos checoslovacos mesmo a terminar a partida. No jogo seguinte o craque João Pinto decidia o desafio com um golo solitário perante a Nigéria e já qualificados perderíamos de forma estrondosa por 3-0 perante o país organizador.
Nos 1/4 de final seria Jorge Couto a decidir a contenda diante da Colômbia. Na meia-final as perspectivas não eram animadoras ao ter que se enfrentar o super-favorito Brasil, mas novo triunfo pela margem mínima, desta vez com golo de Amaral, colocava Portugal na final com a Nigéria.
No balneário, antes da final, ficaram célebres as palavras de Queiroz para os jogadores: "Vão para dentro de campo e divirtam-se." Um golaço de Abel Silva a fechar a primeira parte e outro de Jorge Couto no segundo tempo a culminar um excelente slalom davam a Portugal o primeiro título mundial!



Os heróis de Riade

Bizarro foi o guardião titular beneficiando da ausência de Vítor Baía, já na época titular indiscutível do Porto. Guarda-redes seguro e de boa envergadura, formado nas escolas do Benfica, acabou por não confirmar o que dele se esperava, fazendo uma carreira por clubes de menor nomeada como Marítimo, Leixões ou Rio Ave.
O suplente era Brassard, promovido dos juvenis, acabou por não alinhar nenhum minuto, sendo no entanto o titular dois anos depois no Mundial'91 de Lisboa. Também ele formado no Benfica e tapado por Preud'homme acabou por prosseguir a carreira no Varzim e Setúbal, onde pendurou as luvas com apenas 29 anos em virtude de uma grave lesão. Actualmente é o treinador de guarda-redes da selecção nacional.

Os laterais eram extremamente promissores: Abel Silva e Morgado, mas nenhum dos dois conseguiu firmar uma carreira à altura das expectativas. Formados no Benfica e Porto respectivamente, acabaram por não ter lugar nas equipas principais fazendo o resto da carreira noutros emblemas da 1ª divisão.
Curiosamente o central indiscutível para Queiroz foi o que teve, de longe, a carreira menos conseguida, Valido. Formado no Benfica onde nunca teve uma verdadeira oportunidade, passou depois por uma lista enorme de clubes onde se destacam o Belenenses e o Amadora.
Os outros centrais eram Paulo Madeira e Fernando Couto, que rodaram entre si nos vários jogos, tendo sido mesmo o benfiquista o preferido por Queiroz na final. Madeira efectuou uma boa carreira com passagens marcantes por Benfica e Belenenses, tendo mesmo representado o Fluminense em final de carreira. Quanto a Couto, afirmou-se como titular indiscutível do Porto no início da década de 90 tendo rumado a Itália em 94 onde representou Parma e Lazio. Jogou ainda duas épocas no Barcelona. Foi um dos melhores defesas centrais do futebol europeu na década de 90, atingindo o ponto máximo na carreira no Euro'2000 com exibições simplesmente notáveis.

O trio de centrocampistas era formado por Tozé, Hélio e Filipe. O primeiro, capitão de equipa em Riade, foi formado no Leixões, passando depois com algum sucesso pelo Tirsense, sem nunca ter atingido elevado nível. Hélio efectuou uma carreira brilhante ao serviço do Setúbal, clube que representou durante 18 temporadas. Com um pouco mais de sorte ou ambição poderia perfeitamente ter alinhado num dos grandes. Filipe era um esquerdino talentoso com dotes de organizador, que nunca conseguiu vingar no Sporting devido a graves e recorrentes lesões nos joelhos. Pode-se dizer que passou ao lado de uma grande carreira.

Os suplentes no meio-campo eram Resende e... Paulo Sousa! É verdade, aquele que ficou conhecido como o regista do futebol português, não era titular nesta selecção de Riade, alinhando inclusivamente na época como médio ala-direito! A sua carreira ímpar com os títulos europeus conquistados ao serviço da Juventus e do Dortmund, assim como as passagens com enorme sucesso por Benfica e Sporting ainda na fase inicial da carreira, falam por si. Quanto a Resende, foi formado no Benfica e efectuou uma carreira quase incógnita passando por várias equipas dos escalões secundários do futebol português.

Amaral e Jorge Couto eram os extremos titulares. Amaral, formado nas escolas do Sporting, distinguia-se por possuir uma velocidade e capacidade de aceleração notáveis, mas passou completamente ao lado de uma grande carreira. Não se afirmou em Alvalade, passou ainda pelo Benfica e Belenenses, mas depois disso foi sempre a descer. Couto fez uma carreira bastante valiosa ao serviço do Porto e Boavista. Veloz, bom executante ao nível do passe e do cruzamento, faltou-lhe qualquer coisa para ser um jogador de top...
Os suplentes, Folha e Resende, foram pouco utilizados durante a competição. Entretanto, Folha com o passar dos anos evoluiu, o que o levou a afirmar-se no Porto, chegando a ser internacional AA, embora sem nunca atingir patamares particularmente elevados. Pelo contrário, Resende, realizou uma carreira quase obscura, sempre ao serviço de formações das divisões secundárias.

A grande estrela da equipa com apenas 17 anos, o menino de ouro, João Pinto. Na altura alinhava sozinho na frente e destacava-se pela enorme habilidade, agilidade e velocidade de execução. Enorme talento precoce, sagrar-se-ia bi-campeão mundial dois anos depois em Lisboa. Formado no Boavista, não tardou a que rumasse ao estrangeiro, mais concretamente ao Atlético de Madrid, onde os tenros 18 anos e a instabilidade natural vivida no clube madrileno não o deixaram afirmar-se. Regressou ao Bessa em 91 e no ano seguinte seguia para o Benfica numa avultada transferência. Durante 8 temporadas afirmou-se como o grande símbolo das águias tendo rejeitado várias propostas milionárias do estrangeiro. Inexplicavelmente, foi dispensado em vésperas do Euro'2000 tendo assinado pouco depois do torneio pelo rival Sporting onde voltou a realizar várias temporadas de excelente nível, passando ainda por Boavista e Braga no ocaso da carreira.
Como arca secreta, o ponta de lança Paulo Alves, desengonçado, mas excelente cabeceador. Foi formado no Porto, onde nunca teve chance de se afirmar. Deu nas vistas no Marítimo, passando depois para o Sporting onde realizou algumas temporadas de bom nível que o levaram à selecção nacional.

Em jeito de conclusão, apenas 9 dos 18 campeões mundiais de Riade chegaram a internacionais AA:
Fernando Couto (110 jogos, 8 golos)
João Pinto (81 jogos, 23 golos)
Paulo Sousa (51 jogos)
Folha (26 jogos, 5 golos)
Paulo Madeira (24 jogos, 3 golos)
Paulo Alves (13 jogos, 7 golos)
Jorge Couto (6 jogos)
Filipe (3 jogos)
Hélio (1 jogo)