
Luís Rosa apresenta uma escrita simples e directa para com o leitor fazendo-nos sentir como que estando realmente a viver a época em que a história se desenrola, além disso presumo que devido a uma cuidada investigação, consegue descrever com exactidão todos os factos e sucessivos acontecimentos que ocorrem até originar o trágico desfecho na história entre Pedro e Inês e as consequências que daí surgiram.
Como introdução e para quem não conhece a história, esta desenrola-se cerca dos meados do século XIV, Pedro era o príncipe herdeiro ao trono de Portugal e Inês era galega e aia de Constança, castelhana que casou com Pedro. O problema foi que Pedro e Inês apaixonaram-se e Afonso IV, rei e pai de Pedro não era nada a favor da união entre os dois devido ao perigo da perda de soberania portuguesa... Para quem gosta de um bom romance histórico aconselho vivamente.
5 comentários:
JP,
Gostei de ler uma crônica literária sua. Acho que desde que freqüento seu blog, é a primeira.
Eu particularmente gosto de romances de 'época' se posso assim chamá-lo. Acho que é por isso que não consigo deixar de ler a literatura clássica, justamente por me fazer voltar bem no tempo e viajar com o autor na tentativa de vivenciar o que as personagens de uma época tão anterior à nossa passaram.
Abraços,
Cyntia, é apenas a 2ª crónica literária que escrevo neste blog, podes ler a outra se clicares na etiqueta neste post. Fico bastante contente que tenhas gostado :)
Já li este romance faz algum tempo e gostei bastante. Tal como referi no post sempre foi um tema da história de Portugal pelo qual tive especial curiosidade. Talvez por isso, o meu irmão ofereceu-me o livro no penúltimo Natal ;)
Também gosto de ler livros antigos, 'de época' como disseste, talvez seja por isso que o famoso Eça esteja entre as nossas preferências não? :)
Abraços
JP,
Ah, então vou já ler a outra crônica.
Sim, Eça acabou se tornando um autor cativante para mim. Como já tinha te dito, a minha experiência com literatura clássica era somente através de autores ingleses ou americanos e lógico, os brasileiros. Com o escritor português, senti como se um outro mundo tivesse aberto as suas portas para mim. Não que ele seja diferente dos que eu já 'conhecia', mas a maneira de se falar dele é diferente, nesse caso, crítica e com um toque de humor que eu não acho em Jane Austen, Dickens ou Henry James, autores que leio com mais freqüência :)
Você entende o que quero dizer? Uma coisa é você ler a visão do inglês ou americano sobre sua terra e seus costumes. A outra é a visão do português ou de um brasileiro, colombiano, enfim, qualquer outro, sobre o que se passa no país dele. Podemos ver que as razões para os conflitos, críticas e 'dramas' podem ser as mesmas, mas a interpretação e a maneira de encará-los são diferentes. Isso a literatura nos oferece: a chance de mergulharmos nesses tantos mundos, para mim fascinantes, sem sair de casa!
Abraços,
Sim, é verdade Cyntia, Eça tem um tipo de escrita muito própria e consegue tornar mais interessante as suas histórias recorrendo a uma 'pitada' de humor bem mordaz. O 'Crime do Padre Amaro' é um forte exemplo disso na maneira brilhante como ele critica a sociedade portuguesa da altura.
Percebo perfeitamente o que queres dizer, as histórias podem ser as mesmas, mas a interpretação depende bastante do quotidiano onde os escritores estão inseridos, em toda a sua envolvência e plenitude. Para quem tem uma boa imaginação não há nada melhor que um bom livro para dar asas à imaginação :)
Abraços
Oi JP,
Bom eu "particulamente"amei o q vc disse sobre este livro, eu estava procurando sobre cronicas literarias e eu vi o seu nome destacado entrei amei e consegui fazer o meu trabalho de literatura;
Vc tem um portugues maravilhoso!
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