quinta-feira, janeiro 31, 2008

Crónicas Literárias: O amor infinito de Pedro e Inês


Li há algum tempo O amor infinito de Pedro e Inês, romance escrito por Luís Rosa em 2005, em que é relatada a porventura mais trágica história de amor que Portugal já viveu, conhecida por muitos como Romeu e Julieta à portuguesa. Desde a minha já longínqua escola preparatória sempre foi um tema histórico que me motivou interesse, devido a todo o drama envolvido, ao trágico final e provavelmente também por causa da minha própria personalidade utópica...
Luís Rosa apresenta uma escrita simples e directa para com o leitor fazendo-nos sentir como que estando realmente a viver a época em que a história se desenrola, além disso presumo que devido a uma cuidada investigação, consegue descrever com exactidão todos os factos e sucessivos acontecimentos que ocorrem até originar o trágico desfecho na história entre Pedro e Inês e as consequências que daí surgiram.
Como introdução e para quem não conhece a história, esta desenrola-se cerca dos meados do século XIV, Pedro era o príncipe herdeiro ao trono de Portugal e Inês era galega e aia de Constança, castelhana que casou com Pedro. O problema foi que Pedro e Inês apaixonaram-se e Afonso IV, rei e pai de Pedro não era nada a favor da união entre os dois devido ao perigo da perda de soberania portuguesa... Para quem gosta de um bom romance histórico aconselho vivamente.

5 comentários:

Anónimo disse...

JP,
Gostei de ler uma crônica literária sua. Acho que desde que freqüento seu blog, é a primeira.

Eu particularmente gosto de romances de 'época' se posso assim chamá-lo. Acho que é por isso que não consigo deixar de ler a literatura clássica, justamente por me fazer voltar bem no tempo e viajar com o autor na tentativa de vivenciar o que as personagens de uma época tão anterior à nossa passaram.

Abraços,

João Caniço disse...

Cyntia, é apenas a 2ª crónica literária que escrevo neste blog, podes ler a outra se clicares na etiqueta neste post. Fico bastante contente que tenhas gostado :)
Já li este romance faz algum tempo e gostei bastante. Tal como referi no post sempre foi um tema da história de Portugal pelo qual tive especial curiosidade. Talvez por isso, o meu irmão ofereceu-me o livro no penúltimo Natal ;)
Também gosto de ler livros antigos, 'de época' como disseste, talvez seja por isso que o famoso Eça esteja entre as nossas preferências não? :)
Abraços

Anónimo disse...

JP,

Ah, então vou já ler a outra crônica.

Sim, Eça acabou se tornando um autor cativante para mim. Como já tinha te dito, a minha experiência com literatura clássica era somente através de autores ingleses ou americanos e lógico, os brasileiros. Com o escritor português, senti como se um outro mundo tivesse aberto as suas portas para mim. Não que ele seja diferente dos que eu já 'conhecia', mas a maneira de se falar dele é diferente, nesse caso, crítica e com um toque de humor que eu não acho em Jane Austen, Dickens ou Henry James, autores que leio com mais freqüência :)

Você entende o que quero dizer? Uma coisa é você ler a visão do inglês ou americano sobre sua terra e seus costumes. A outra é a visão do português ou de um brasileiro, colombiano, enfim, qualquer outro, sobre o que se passa no país dele. Podemos ver que as razões para os conflitos, críticas e 'dramas' podem ser as mesmas, mas a interpretação e a maneira de encará-los são diferentes. Isso a literatura nos oferece: a chance de mergulharmos nesses tantos mundos, para mim fascinantes, sem sair de casa!

Abraços,

João Caniço disse...

Sim, é verdade Cyntia, Eça tem um tipo de escrita muito própria e consegue tornar mais interessante as suas histórias recorrendo a uma 'pitada' de humor bem mordaz. O 'Crime do Padre Amaro' é um forte exemplo disso na maneira brilhante como ele critica a sociedade portuguesa da altura.
Percebo perfeitamente o que queres dizer, as histórias podem ser as mesmas, mas a interpretação depende bastante do quotidiano onde os escritores estão inseridos, em toda a sua envolvência e plenitude. Para quem tem uma boa imaginação não há nada melhor que um bom livro para dar asas à imaginação :)
Abraços

Gatinha Malvada disse...

Oi JP,
Bom eu "particulamente"amei o q vc disse sobre este livro, eu estava procurando sobre cronicas literarias e eu vi o seu nome destacado entrei amei e consegui fazer o meu trabalho de literatura;
Vc tem um portugues maravilhoso!