segunda-feira, setembro 26, 2011

O iluminado

A promessa eleitoral em 2005
Há dias vi na RTP o comentador de tudo e especialista de nada Moita Flores criticar de forma veemente o buraco da Madeira. Acredito que tem telhados de vidro não deve mandar pedras, logo um tipo que, após 6 anos como presidente (nas horas vagas...) da Câmara Municipal de Santarém, consegue fazer disparar a dívida da autarquia de 50 milhões de euros para cerca de 84 M € devia estar bem caladinho no seu canto, para ver se ninguém se lembrava da sua existência. 

Obra? Nem vê-la, mas têm sido inúmeras as touradas organizadas pela autarquia com a entrada simbólica de 1 €uro, sem esquecer as comemorações oficiais do Dia de Portugal em 2009 ou a recente Gala das 7 Maravilhas da Gastronomia. Naturalmente, o iluminado Moita Flores já anunciou que não se irá recandidatar, devendo continuar a sua brilhante carreira de comentador e escritor de obras notáveis. Quanto à dívida de Santarém é simples, quem vier a seguir que pague!

quinta-feira, setembro 22, 2011

"It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)"

Michael Stipe, Peter Buck e Mike Mills já não caminham juntos
Bolas! O título deste post é enganador! De facto, não fiquei nada bem com o anúncio do fim dos R.E.M.! Cresci musicalmente na década de 90 ao som de Out of Time, Monster, Up e, em especial, Automatic for the People, um dos álbuns mais brilhantes que já ouvi. Para além do incontornável Everybody Hurts, contém músicas tão incríveis como Man on the Moon, The Sidewinder Sleeps Tonite, Find the River, Nightswimming e Drive, este último single de avanço e que foi também o primeiro tema que conheci dos R.E.M., merecedor de destaque em vídeo no final deste post.

Não há muito tempo confidenciava a alguém que os R.E.M. eram uma das poucas bandas de eleição que ainda não tinha tido a oportunidade de assistir a um concerto ao vivo, mas mantinha essa esperança. Até ontem... Fica o legado de 31 anos de carreira e 15 álbuns de estúdio. Para quem aprecia boa música e, em particular, rock alternativo fica o conselho: não se fiquem pelo Losing My Religion e pelo Everybody Hurts que passam incessantemente nas rádios comerciais como se fossem os únicos temas dignos de registo desta magnífica banda. Partam à descoberta deste fantástico legado. Tal como em todas as áreas não consumam sem pestanejar apenas aquilo que os media dominantes lhes impõem.

R.E.M. - Drive

domingo, setembro 11, 2011

O meu 11 de Setembro

A memória não esquece Salvador Allende
Todos os anos por esta altura somos bombardeados pelos média dominantes com imagens, reportagens, documentários, entrevistas e debates sobre os atentados terroristas ao World Trade Center de Nova Iorque. Este ano, talvez por passarem dez anos sobre os tristes acontecimentos, a propaganda tem sido por demais intensa, com o nítido objectivo de moldar a opinião pública mundial, um pretexto para justificar todas as guerras e agressões cometidas desde então pelo imperialismo norte-americano, sejam elas no Iraque, no Afeganistão ou na Líbia, superando em larguíssima escala as vítimas desse atentado.

Infelizmente, tais atrocidades não são apenas cometidas desde o 11 de Setembro de 2001. É impossível esquecer e não fazer questão de recordar o 11 de Setembro de 1973 em Santiago do Chile, quando numa acção planeada, dirigida e executada pelos EUA em conjunto com os militares fascistas de Pinochet, foram assassinados milhares de chilenos, entre os quais o presidente Salvador Allende, líder do primeiro governo progressista da América Latina e sufragado universalmente pelo povo chileno três anos antes, tudo isto numa época em que o continente sul-americano não passava do quintal dos fundos para o imperialismo norte-americano, que mandava e desmandava na região através de fantoches colocados estrategicamente e muitas das vezes através da força na liderança dos governos desses países. Também pela força abrupta terminou a primeira experiência socialista na América do Sul, à qual se sucederam dezassete terríveis e longos anos de uma sangrenta ditadura militar, com milhares de mortos e desaparecidos, numa indisfarçável cooperação e subserviência para com a potência do norte do continente. 

Por vezes sinto vergonha de fazer parte de uma geração que não conhece nem faz questão de conhecer o passado, o que a impossibilita de compreender verdadeiramente o presente e encarar devidamente o futuro. Uma geração formatada, sem qualquer ponta de espírito crítico que acolhe as doutrinas e os ensinamentos dos média dominantes como se fossem verdades supremas. Por tudo isto recordo as últimas palavras do legítimo presidente chileno transmitidas pela rádio "continuem a saber que mais cedo que tarde abrir-se-ão as grandes alamedas por onde passará o homem livre para construir uma sociedade melhor. Viva o Chile, viva o povo, vivam os trabalhadores." com a esperança que chegará o tal dia desejado por Allende, em que os jovens da minha geração e das seguintes saberão quem foi Salvador Allende, Pablo Neruda e Victor Jara e porque razão foram assassinados. Talvez assim compreendam melhor o 11 de Setembro de 2001 e a tragédia que foi a primeira década do século XXI para milhões de pessoas um pouco por todo o mundo.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Foi bonita a Festa, pá!

Espaço Central da Festa

XVIII Bienal de Artes Plásticas

Festa repleta de efemérides. A Festa celebrou a 35ª edição, enquanto que o jornal que dá nome à Festa completou 80 anos de publicação. O Partido festejou os 90 anos de vida, tendo-se assinalado ainda os 140 anos da Comuna de Paris,

o primeiro governo operário da história e

o centésimo aniversário dos escritores Manuel da Fonseca e Alves Redol.

O símbolo da aliança operário-camponesa

Homenagem a Malangatana, artista plástico moçambicano, falecido no passado mês de Janeiro

Em 1999 Malangatana ofereceu este gigantesco painel ao Partido. Doze anos depois voltou a estar exposto na Festa.

Todas as organizações regionais do Partido estiveram presentes na Festa, entre as quais Lisboa,

Setúbal,

Alentejo,

Porto,

Viana do Castelo (solidariedade para com os trabalhadores dos estaleiros navais) e

Beira Interior, onde encontrei malta da Covilhã.

"Socialismo 25 de Abril", o eléctrico da Festa

Debate sobre a Constituição da República com Odete Santos (antiga deputada), Jorge Cordeiro (Comissão Política do PCP), António Filipe (vice-presidente da Assembleia da República) e Bernardino Soares (líder parlamentar do PCP)

No Espaço Internacional da Festa estiveram presentes 47 partidos comunistas e progressistas um pouco de todo o mundo, entre os quais

o PC de Cuba,

o PC do Chile, onde para além das naturais referências ao presidente Salvador Allende se destaca a saudosa Gladys Marin,

Frente Popular de Libertação da Palestina, por uma Palestina livre e independente,

Partido dos Trabalhadores do Brasil

PC do Brasil

PC's de Itália (Rifondazione Comunista e Partito dei Comunisti Italiani),

PAICV de Cabo Verde, sempre com Amílcar Cabral em destaque, e

o PC da Alemanha.

Baía do Seixal

Pára-quedismo na Festa

Virgem Suta rebentaram com o Auditório 1º de Maio

A bonita e talentosa Mayra Andrade deslumbrou no Palco 25 de Abril

Praça 25 de Abril

Camarada Débora Santos da JCP

Camarada Jerónimo

Camarada Rafael

Concentradíssimo no Comício. Até pró ano, camaradas!