quarta-feira, janeiro 14, 2009

Incoerência


Nos confins do pessimismo
perpetua-se uma lúgubre solidão
Será apenas um eufemismo
ou somente uma crua visão?

Será a dureza do destino
da vida trilhada ao sabor do vento
de loucuras exponenciadas em desatino
à espera do derradeiro unguento?

Por cada porta que se fecha
abre-se uma janela escancarada
de pronto reduzida a uma brecha

pelo espírito mais avesso a mudanças
mantendo sólida a impenetrável fachada
do seu edifício vazio em esperanças

4 comentários:

Menina Ochoa disse...

Triste, sem esperança... mas lindo =)

Anónimo disse...

Ainda não compreendo porquê,mas nunca um soneto teu teve tanto a ver com o meu estado de espirito actual...abraço Filipe.

João Caniço disse...

Bem haja, Dreama =)

João Caniço disse...

Filipe, torço para que esse teu estado de espírito melhore bastante o quanto antes!
Um forte abraço