Feita a introdução, dissequemos então as falácias da "independente":
A comissão concelhia do partido político do qual faço parte é eleita democraticamente pelos seus militantes em plenário, por um determinado período de tempo. Não é uma estrutura permanente nem ninguém é remunerado pelo trabalho que efectua. Pelo contrário, pagamos para trabalhar. Organizamos iniciativas que, caso tenham algum custo associado, suportamos como qualquer outro interveniente. Ajudamos a realizar a Festa do «Avante», trabalhando graciosamente, pagando a entrada e tudo o que consumimos, como qualquer outro visitante. Prescindimos de tempos de lazer para assumir tudo isto.
Não é voluntariado, chama-se militância.
É ter no horizonte um projecto de transformação político, económico e social, assente nos valores da liberdade, da democracia e do socialismo. É apresentar, em termos autárquicos, um projecto unitário e distintivo de desenvolvimento sustentado e sustentável do território, demonstrando que é possível viver melhor na nossa terra.
As redes de contacto que temos são as dos nossos militantes e simpatizantes. O financiamento contínuo provém das receitas das nossas iniciativas, quotizações e donativos de militantes e simpatizantes. É apresentar-nos às eleições autárquicas com um orçamento obtido na totalidade pelo nosso trabalho concelhio - não recebemos um cêntimo da direcção regional ou nacional do partido.
É saber que, no próximo dia 13, cá estaremos para prosseguir a luta quotidiana, quaisquer que sejam os resultados da véspera e se a moda dos "independentes" voltou ou não a pegar em Salvaterra de Magos. É que há independentes e "independentes". Temos muitos independentes nas nossas listas, gente que não é militante do PCP nem do PEV, e que se revê no projecto autárquico da CDU.
Temos exemplos de "independentes" em 2013 que, depois de passarem por PS e PSD, voltaram posteriormente ao PS e que agora são novamente "independentes". Nessa eleição falharam o mandato de vereador por apenas 14 votos, em detrimento da militante partidária, que, desde há cerca de um ano, é muito "independente". Temos também outro exemplo pertinente do militante partidário que se chateou com o chefe, voltou a ganhar a sua junta como "independente" em 2017 e, quatro anos depois, voltou ao partido de sempre como se nada se tivesse passado. Portanto, há "independentes" para todos os gostos. Não nos tomem é a todos por parvos, como se a IA nos tivesse sugado a inteligência.

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