Portugal, durante a III República, já teve (bastantes) ministros péssimos, daqueles de bradar aos céus onde a incompetência era a qualidade predominante. Apesar disso, não me recordo de ter assistido a gaffes tão hilariantes e a cenas tão patuscas como aquelas as que o (ex) ministro da Economia, Manuel Pinho, ofereceu aos portugueses nos últimos anos.
Foi o estranho anúncio do final da crise em Outubro passado, a compra de sapatos portugueses em Itália, o orgulho de informar os chineses da barata mão-de-obra lusitana, os postos invisíveis de trabalho na Delphi, a novela da Qimonda e a recomendação da papa Maizena. Um tremendo rol de cenas caricatas, reveladoras de uma total falta de sentido de Estado, que teve o seu epílogo no debate da Nação de hoje, na Assembleia da República, com este estranho gesto para com Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP:

Simplesmente inqualificável...