quarta-feira, julho 12, 2006

A Brisa...

Por entre a madrugada sufocante, calor abrasador e ausente de aragem, eis que rompendo por entre as brechas do estore, uma brisa matinal, deveras refrescante e com textura suave percorre com inegável toque as brumas do meu espirito, enterrado e adormecido na melancolia penetrante da saudade e da tua ausência... conforme vou sentido a brisa, relembro-me do teu toque angelical, as tuas mãos macias que nem veludo, tão suaves como esta brisa, que me arrepia ao mais pequeno toque, o cheiro do teu cabelo, que mistério insolúvel para o meu pensamento, mas digno do mais belo aroma do mais puro dos jardins, os teus longos cabelos esvoaçando ao vento, doce magia dançando ao sabor do vento, pintando o mais bonito dos quadros com o derradeiro toque, o teu doce sorriso, ingénuo e arradador, suave e devastante, uma epopeia que nunca será desvendada... nem com esta suave brisa como testemunha, não consigo desvendar o mistério da tua imagem, os traços do teu rosto, toda a belissíma imensidão que te envolve e me faz delirar com a tua ausência e a saudade de perder o meu olhar nos teus fascinantes olhos negros...

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