quarta-feira, julho 05, 2006

O Queixume...

Vou andando vagorosamente sem dar conta do tempo a passar, observando a paisagem e tudo o que me rodeia, despreocupado, sem pensar em nada de importante, apenas saboreando o momento de paz e tranquilidade... que bom era se fosse sempre assim, se não existisse o constante queixume que me sufoca e prende à realidade, desampara-me contra as tormentas, incendiando-me o corpo e turvando-me a visão... impede-me de dar o salto, de atingir a plenitude da forma, do ser e da existência, e recolhe-me à questão do que devo ou não fazer... se há coisas que detesto é a constante negação vinda de dentro de mim, minando os meus objectivos e metas, como setas cravadas no meu coração, sendo eu próprio que as disparo... O medo, esse estúpido medo de falhar, de não ser bem sucedido surge associado ao queixume e dificilmente desaparecerá por completo... portanto, só me resta usar uma boa armadura de modo a que as setas não me perfurem o coração e o espírito...

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