quinta-feira, setembro 27, 2007

Finalmente o mundo desperta para o drama da Birmânia...

Finalmente o mundo desperta para o drama da Birmânia... Não foi suficiente Aung San Suu Kyi, a líder da oposição no país, prémio Nobel da Paz em 1991, em prisão domiciliária desde 1990 quando venceu as primeiras eleições livres no país com cerca de 90% (!) dos votos... não foi suficiente todo o regime opressivo e sangrento sobre todo o povo birmanês... foi apenas com as imagens das manifestações pacíficas que os monges budistas têm levado a cabo nos últimos dias para que o mundo dito civilizado se apercebesse de toda a tragédia que ocorre neste país asiático em 45 anos de ditadura militar... Entre as muitas violações contam-se a recusa das liberdades fundamentais, a perseguição das minorias, o trabalho forçado infantil, o tráfico de seres humanos e a banalização da violência. Foram precisas milhares de pessoas se manifestarem de forma pacifica e estarem a serem violentamente reprimidas para que o Ocidente se lembrasse que existem regimes muito piores que o que existia no Iraque... talvez se houvesse lá petróleo já lá tivessem ido... Foi necessário os monges budistas recusarem serviços religiosos aos membros da Junta Militar quando segundo a sua religião não o podem sequer recusar a violadores ou a assassinos para ficar bem patente o descontentamento que existe no país chamado de Myanmar pelos seus cabecilhas... E agora? Que farão a Europa e os EUA? Endurecer apenas as sanções económicas? Mais uma vez fica provado que nunca se deve adiar o inevitável, a situação na Birmânia é desde 1988, quando manifestações de desagrado do povo foram violentamente reprimidas, uma bomba relógio que poderá estar prestes a explodir...

2 comentários:

Anónimo disse...

Myanmar , mudou de nome ;)

João Caniço disse...

"A junta militar mudou a designação oficial do país de União da Birmânia para União de Myanmar, em 1989. Tratou-se apenas de alterar a designação herdada do domínio britânico, pois os birmaneses já chamam Myanmar ao seu país desde o tempo em que Marco Pólo por lá andou. A nova designação não é aceite pela oposição democrática, que não reconhece legitimidade a um regime imposto pela força para mudar o nome ao país. Ambos os nomes são correctos." in Visão, nº 761, 4 de Outubro de 2007