O jogo do fim de semana: Escócia 56 - 10 Portugal

Este fim de semana preferi o Rugby ao Futebol e assisti a dois jogos apaixonantes, no sábado os fantásticos all blacks da Nova Zelândia defrontaram os azzurri italianos e depois da sua famosa e linda dança haka entraram de rompante e atropelaram positivamente os italianos nos minutos iniciais demonstrando que são os grandes candidatos ao triunfo neste Campeonato do Mundo. O resultado final de 76 - 14 é esclarecedor sobre o domínio que os all blacks impuseram em toda a partida disputada num Velódromo de Marselha lotado.

Hoje, Saint-Étienne recebeu a estreia dos Lobos portugueses na fase final de um campeonato do Mundo frente à forte selecção da Escócia. Era o tão ansiado debute da única equipa amadora que em toda a história do Mundial do desporto da bola oval tinha conseguido a proeza do apuramento.
Perante uma multidão que encheu o estádio Geoffroy-Guichard, entre as quais muitos milhares de portugueses que apoiaram entusiasticamente a equipa nacional, começando logo com um belo e emocionante momento que foi quando se escutou o hino português (foto em cima) e viu-se a garra e a força com que o 15 português o cantou emocionando não só a eles mesmos como acredito que todos os portugueses que no estádio ou pela tv assistiam ao jogo... momento sublime refira-se...

Quem esperava um massacre inicial escocês não acertou na previsão, já que os Lobos entraram de forma personalizada e consistente não deixando que o adversário avançasse muito no terreno, sendo apenas aos 12' que fizeram o 1º ensaio através do brilhante Rory Lamont, o melhor jogador escocês na minha opinião. Os highlanders continuaram a carregar e foi sem surpresa que o resultado disparou para 21 - 0. Portugal equilibrava o jogo e aos 28' conseguia os primeiros pontos através de um ensaio concretizado por Pedro Carvalho, ensaio histórico que foi festejado em delírio pelos jogadores e pelos portugueses presentes no estádio, foi o 2º grande momento da tarde. Na transformação Duarte Carvalho converteu e reduziu assim para 28 - 7. Portugal manteve o ritmo e logo de seguida aos 30' num pontapé de penalidade o mesmo jogador concretizou e o marcador passava para 28 - 10 resultado com que se chegaria ao intervalo para
surpresa de muitos, mas justíssimo devido à forte entrega e capacidade de luta dos bravos Lobos.
Portugal volta a entrar bem no 2º tempo, consegue manter o jogo equilibrado e é apenas aos 56' que os escoceses voltam a efectuar ensaio. A partir daí notou-se um decréscimo físico na nossa equipa, o ritmo baixou e foi com naturalidade que a Escócia disparou no marcador apesar das tentativas de Tomás Moraiz em refrescar a equipa fazendo algumas substituições. De destacar já bem perto do fim, um ataque português que só não resultou em ensaio por cerca de um metro... foi pena...

O jogo terminou pouco depois com o resultado de 56 - 10 que espelha a diferença entre as duas equipas, mas perfeitamente aceitável e moralizador para Portugal. Vasco Uva (na 2ª foto), capitão de equipa, foi eleito o melhor jogador em campo, feito digno de destaque.

Agora há que descansar e preparar com afinco o próximo jogo que se disputa sábado em Lyon frente à Nova Zelândia, o jogo de uma vida para os jogadores portugueses, é um feito notável e uma honra poderem defrontar a mais famosa e histórica equipa do mundo.