
O povo português queixou-se insistentemente e ruidosamente durante 4 anos e meio contra a política de Sócrates e do Governo PS. Apesar da perda de meio milhão de votos, confesso que tinha esperanças num resultado ainda mais sofrido para o Partido Socialista.
Posto isto, e depois de muito esforço, não encontro qualquer adjectivo plausível para classificar a esmagadora maioria dos eleitores, que continuam a votar nos partidos de direita e em quem pratica essas políticas, tão do seu desagrado durante as legislaturas, mas sistematicamente recompensada pelos mesmos nas mesas de voto.
Posto isto, e depois de muito esforço, não encontro qualquer adjectivo plausível para classificar a esmagadora maioria dos eleitores, que continuam a votar nos partidos de direita e em quem pratica essas políticas, tão do seu desagrado durante as legislaturas, mas sistematicamente recompensada pelos mesmos nas mesas de voto.
Sim, é verdade que a Esquerda se reforçou consideravelmente, somou cerca de 1 milhão de votos e tem agora 31 deputados (BE=16 + CDU=15), resultados que não apresentava desde 1983, quando a APU do saudoso Álvaro Cunhal obtinha 18%. No entanto, sinto que é demasiado curto para o quadro político, económico e social que foi apresentado aos portugueses nos últimos 4 anos e meio. Recordo aqui algumas dos temas/polémicas que marcaram a última legislatura e foram em grande parte esquecidas nas urnas:
- Os 150 mil empregos que ninguém viu
- Código do Trabalho ainda mais prejudicial aos trabalhadores do que o aprovado nos tempos de Bagão Félix
- Subida do IVA contrariamente ao prometido na campanha de 2005
- Avaliação dos professores
- A promessa de referendar o Tratado de Lisboa
- O deserto da Margem Sul por Mário Lino
- Encerramento de maternidades e urgências hospitalares
- Manifestações grandiosas da CGTP
- PSP em sindicato na Covilhã
- Reprovação da proposta de legalização de casamento entre pessoas do mesmo sexo
- Contentores de Alcântara
- O período experimental de 180 dias
- Taxas moderadoras
- 3 anos de obsessão pelo défice e com pouco investimento público
- BPN e a sua vergonhosa nacionalização
- Ataque ao Ensino Superior
- Protecção fiscal indecente à Banca
- O caso DREN
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