quinta-feira, agosto 09, 2007

E se...


Ando às voltas à tua procura, não te encontro, sigo em busca de qualquer pista da tua passagem, um rasto, um traço, nada resta, o vento apagou todas as marcas... resta-me apenas a memória cada vez mais enfraquecida da tua imagem, a doce tentação que me envolveu com suave magia... magia espalhada através dos espírito mais inovador e aberto à felicidade... o vento corria de feição, os barcos navegavam tranquilamente rumo à foz do rio, algo se passou e tudo mudou... como se uma tempestade se aproximasse de rompante e inundasse toda a magia através de uma forte corrente sedenta de obter o vazio, lúgubre e sombrio...
Passaram dias e dias, o Sol reapareceu, os seus raios espreitaram timidamente por entre as nuvens, a pouco e pouco ganharam força e secaram a triste inundação... a magia perdeu-se na torrente de lama, os dias vão voltando ao normal e sigo sem pensar em voltar atrás, desisto de te procurar... a vida continua, a memória não apaga as boas recordações, elas são eternas e relembradas com um sorriso... a melancolia por vezes assalta-me e pergunta-me: "E se... ela voltasse, a magia... voltarias a ceder à tentação?" respiro fundo, deixo-me estar sem intenções de responder sim ou não, o que acontecer acontece no momento certo, se tiver mesmo de ser... não se deve sofrer por antecipação, é o suicidio lento da alma...

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