terça-feira, outubro 12, 2010

Sem inventar (parte II)


Um copy paste relativamente ao jogo de sexta-feira frente à Dinamarca serviria quase na perfeição para explicar o que aconteceu na partida de hoje em Reiquejavique. Apenas algumas notas soltas.

A reter: 
- A confirmação do regresso do capitão Cristiano Ronaldo às boas exibições com a camisola das quinas, abrilhantada com a conversão de um magistral pontapé livre; 
- O meio-campo dos 3 M's: Meireles, Moutinho e Martins. Compacto, seguro, eficiente e dinâmico. 

A rever
- A tremideira defensiva em todo e qualquer lance de bola parada, em grande parte devido à notória perda de confiança de Eduardo, uma sombra do guardião que deslumbrou o mundo nos relvados sul-africanos; 
- A irregularidade de Nani. Após uma exibição estrondosa, um jogo onde pouco ou nada lhe saiu bem... 

Para lamentar:
- A quase certa recandidatura de Gilberto Madaíl a presidente da FPF. Depois de catorze anos no cargo e grandes responsabilidades no degradante afastamento de Queiroz, assobia para o lado, vangloriando-se da escolha de Paulo Bento e comprando os votos dos dirigentes máximos das associações distritais de futebol ao oferecer-lhes a viagem até à Islândia, paga com o dinheiro dos contribuintes.

Para ver:

A magnífica execução de Cristiano Ronaldo. E vão 25 golos pela selecção!

2 comentários:

Michel Costa disse...

Olá JP,

Tenho uma dúvida sobre a difícil relação Cristiano Ronaldo/torcida portuguesa.
Por que o jogador do Real Madrid é tão criticado por boa parte dos torcedores? Tem a ver com seu jeito marrento de ser?

Abraços.

João Caniço disse...

Michel, creio que seja um misto de inveja com alguma tacanhez por parte da maioria dos adeptos portugueses, que não são propriamente lá muito cultos.
O típico português é um sujeito medíocre, acomodado à situação familiar ou profissional, sem ponta de brio ou ego, tradicionalmente invejoso do sucesso que um qualquer compatriota seu obtenha numa certa e determinada área. CR7 para além de um ego e ambição desmedidas e de ser um melhores futebolistas do mundo e consequentemente um dos mais bem pagos, segundo consta tem também muito sucesso entre o sexo feminino e isso não abona nada aos olhos do comum lusitano, cuja frase favorita é algo do género: "o gajo joga tanto no Real e lá marca muitos golos, na selecção não joga nem marca!" Creio que são realidades distintas, a tender para o incomparável, mas isto é apenas uma opinião minoritária entre os adeptos da selecção portuguesa.
Abraços