quarta-feira, novembro 04, 2009

A velha escola soviética está de volta


O título poderá parecer algo exagerado, mas a verdade é que desde o colapso da União Soviética em Dezembro de 1991, nunca várias equipas pertencentes à antiga super-potência se haviam exibido conjuntamente a um nível elevado na principal competição europeia de clubes. Que o digam os colossos Man Utd, Barça e Inter que se têm visto e desejado para ultrapassarem as fortes resistências proporcionadas pelos russos do CSKA Moscovo e do Rubin Kazan e dos ucranianos do Dínamo Kiev.
É certo que a primeira fase da competição ainda não terminou e o mais natural é que os mais poderosos financeiramente acabem por seguir em frente, mas não deixa de ser assinalável a qualidade das formações eslavas, dignas sucessoras do legado de Lobanovskyi, Yashin, Belanov, Blokhin e tantos outros...

A globalização e a Lei Bosman também produziram os seus efeitos na antiga pátria de Lenine e hoje podemos ver como se conjugam as características dos jogadores naturais da ex URSS com outras vindas de regiões tão díspares como são a América Latina, África e vários países do Leste da Europa.
O jogador soviético possuía nos seus genes a componente táctica do jogo, a predominância do colectivo sobre o individual, a combinação equilibrada entre a força física e a técnica individual. Todos estes atributos passaram para os actuais atletas russos e ucranianos, que quando unidos com jogadores das regiões referidas no parágrafo anterior originam excelentes formações como são as três que têm surpreendido a Europa do futebol na Champions 2009/10.


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