segunda-feira, junho 08, 2009

Adiar o inevitável?

Sinceramente, não me lembro de ver a selecção portuguesa jogar tão mal como o fez no passado sábado em Tirana defronte da Albânia. Exibição deplorável a todos os níveis, equipa completamente descrente nas suas capacidades, sem chama nem frescura física. Em suma, um espectáculo degradante que levaria ao afastamento precoce do Mundial não fossem os dois golos literalmente oferecidos pelos albaneses, uma das selecções mais frágeis na Europa.

Queiroz não fica isento de culpas ao afirmar na véspera, com ar majestoso, a confiança que reinava entre os jogadores e ao ter opções técnicas e tácticas muito duvidosas tais como a titularidade de Boa Morte, uma perfeita nulidade durante o tempo que esteve em campo.
As chamadas de Pepe, Deco e Ricardo Carvalho ao onze podem-se considerar como completamente falhadas, devido à notória falta de ritmo de jogo que todos eles evidenciaram. A opção de colocar Pepe a trinco só dá vontade de rir tal é a inaptidão demonstrada pelo merengue em alinhar nessa posição. Medíocres também as actuações de Deco e Carvalho em especial a do central, lento como nunca antes visto e autor de um erro grave ao cometer grande penalidade sobre um adversário, que felizmente para Portugal não foi assinalada pelo árbitro...

Graças à vitória da Dinamarca no terreno da vizinha Suécia, Portugal depende apenas de si próprio para garantir o 2º lugar do grupo e poder assim aspirar à disputa do play-off de acesso à África do Sul. Mas para isso Portugal tem que vencer no início de Setembro em Budapeste e Copenhaga, dois jogos absolutamente decisivos frente às selecções melhores colocadas na tabela.
Perante exibição tão frágil em Tirana, arrisco-me a afirmar que, ou Portugal melhora muito até Setembro e consegue levar de vencida húngaros e dinamarqueses ou o golo de Bruno Alves obtido nos instantes finais não terá sido mais do que adiar o inevitável, que é os jogadores de Portugal verem o Mundial pela TV...

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