domingo, junho 07, 2009

Ilda, com toda a confiança!


É do senso comum afirmar que Ilda Figueiredo realizou uma óptima campanha para as Eleições Europeias. Encontrei este excelente texto da agência Lusa que descreve na perfeição as linhas-mestras da campanha da cabeça-de-lista da CDU:

A defesa dos direitos dos trabalhadores é um lema da CDU e os dos jornalistas não são excepção para Ilda Figueiredo. Ao longo da campanha, foram várias as ocasiões em que a candidata se preocupou com as condições de trabalho da comunicação social.

"Isto agora não são horas de trabalhar, é altura de comer" ou "senhora jornalista, pare de escrever e faça favor de almoçar", foi um apelo lançado várias vezes por Ilda Figueiredo. Numa manhã em que Ilda Figueiredo visitou o Arsenal do Alfeite sem a comunicação social, por os jornalistas não terem autorização para entrar, a candidata desabafou: "Eles até agradecem terem este tempo livre, eles andam bem cansados".

Por algumas vezes, em acções de ruas, interpelava jornalistas, fingindo que os confundia com outros cidadãos e procurava persuadi-los a votar na CDU. "Digam-me o que é que hei-de dizer para vos convencer", brincava, sempre bem-disposta e arrancando gargalhadas entre a comitiva.

Numa ocasião, Ilda Figueiredo ficou preocupada por os jornalistas não terem tido tempo para jantar, entre duas acções de campanha, e disse que não queria que isso se repetisse. "Vocês têm de aguentar a campanha". E o passo da candidata. Afinal, aos 60 anos, Ilda Figueiredo continua muito ágil e nem sempre é fácil seguir no seu encalço. Nas arruadas, entra em todas as lojas, desvia-se do caminho, atravessa estradas para ir cumprimentar pessoas, volta atrás, faz "ziguezagues".

Em Aveiro, o seu distrito natal, e em Gaia, onde vive há mais de 40 anos, lidera a comitiva e decide o caminho. Altera o que estava antes programado, entra por mais umas quantas ruas, corta aqui à esquerda, vira ali à direita. Quando não está no seu meio, pede orientações aos organizadores das acções de rua. "Você é que tem de fazer de guia", diz. A energia quase inesgotável da "número um" da CDU só foi afectada pelo calor de alguns dias de campanha. Em Évora, no domingo, os termómetros subiram aos 36 graus, e a candidata ressentiu-se.

Mas no dia seguinte, já em Santarém e com temperaturas mais amenas, a música "A formiga no carreiro" cantada no palco do comício da noite em Alpiarça, convidava a dançar e Ilda Figueiredo não se fez rogada. Sozinha, a dois ou a mesmo a três, a candidata ensaiou uns passos de dança sempre que pôde, bateu palmas, entregou panfletos e, quando os não tinha, distribuiu beijinhos e apertos de mão, espalhou acenos, e repetiu, vezes e vezes sem conta, as propostas da CDU, sempre com um discurso apropriado a cada interlocutor.

Às mulheres, disse que queria combater a discriminação e lembrou que a lista da CDU é composta por uma maioria de candidatas femininas, reflectindo a realidade da população portuguesa. Juntou-se à luta dos professores. Aos jovens, defendeu que não podem continuar a estudar para o desemprego e contestou o processo de Bolonha. Aos comerciantes, afirmou que é preciso que as pessoas tenham mais dinheiro para poderem fazer compras nas suas lojas.

Indignou-se com as baixas reformas dos idosos. Solidarizou-se com os desempregados e reivindicou o alargamento do subsídio. Numa cooperativa na Mealhada pediu alterações à Política Agrícola Comum, e na lota de Matosinhos, rejeitou que a gestão dos recursos marinhos passe para Bruxelas. "Eu sinto-me bem sempre com as pessoas, seja onde for, porque nós lutamos pelo seu bem-estar, para que sejam felizes e tenham melhores condições de vida", diz.


Para além da valorosa campanha e da simpatia distribuída, Ilda, foi naturalmente eleita no ranking do Parlamento Europeu como a melhor eurodeputada portuguesa na última legislatura e os parlamentares do PCP reconhecidos por larga margem como os mais interventivos e trabalhadores entre os portugueses.

Adicionando tudo isto às minhas concepções ideológicas o meu voto só pode ir para Ilda e para a CDU, com toda a confiança!

2 comentários:

Ricardo disse...

por isso é q o be ficou a frente do cdu lol

João Caniço disse...

1º o BE não é o adversário do PCP, mas sim o PS, PSD e CDS que praticam políticas de Direita.

2º o BE faz parte do mesmo grupo parlamentar do PCP no PE.

3º a subida da CDU em relação a 2004 é um facto incontestável.

4º neste exacto momento faltam apurar 58 freguesias e a CDU está a pouco mais de mil votos do BE...

5º Não se lé 'o' CDU, mas sim 'a' CDU!